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O melhor do Mundo

18
Mar18

Busca por um Part-time

Não tenho medo de trabalhar e se for para alcançar os meus objetivos, movo montanhas. 

Comecei a trabalhar aos 16 anos, numa cadeia de fast food, naquilo que era para ser só um trabalho de verão. Acabei por ficar, ao longo de 7 anos, ao mesmo tempo que frequentava o secundário e, posteriormente a licenciatura. Consegui manter um bom rendimento na escola, aliás foi mesmo a época em que obtive melhores resultados, e era, modéstia à parte, uma das melhores funcionárias do restaurante. Sabia que estava a fazer o melhor por mim, a lutar pelos meus objetivos, mas dava-me uma especial garra saber que estava a calar muita gente que dizia que eu não ia aguentar, que ia deixar de dar rendimento e que ia acabar por deixar os estudos.

Agora estou numa nova fase. Tenho trabalho na minha área de formação, e como já disse aqui estou à procura de uma nova experiência, e fiz há algumas semanas o reingresso no mestrado que tinha deixado suspenso em 2015. 

Mas, como os meus planos são muito maiores do que eu, os meus sonhos são muito ambiciosos: viagens, renovar o apartamento que comprámos há alguns meses e daqui a uns anos comprar uma moradia, carro novo, casinha de campo, realizar mais formação específica e mais alguns pequenos sonhos, tenho sentido necessidade de arranjar um segundo trabalho. Toda a gente diz que sou louca, mais uma vez dizem que não vou aguentar, dizem que vou passar o tempo todo a trabalhar. A minha resposta é sempre a mesma: sem trabalho nada se consegue e, se quero concretizer os meus sonhos tenho que lutar por eles e não esperar que venham todos num bilhete do Euromilhões, que pode nunca chegar. 

Tenho concorrido a algumas vagas que há aqui na zona para part-time mas infelizmente nem sequer respostas recebo (o que é triste). Até agora fui apenas a uma entrevista mas queriam um part-time a inclinar para um full-time e que não era conciliável. A minha última opção é voltar para o restaurante que me deu o empurrão para me tornar assim tão focada e lutadora, mas tenho tentado evitar. Eu não tenho medo de trabalhar mas infelizmente o que para mim pode ser um orgulho, lutar pelos meus objetivos, para algumas pessoas é visto como uma vergonha. Perguntei na minha entidade empregadora o que achavam de eu arranjar um part-time, por exemplo num café e a resposta foi "por mim não vejo nenhum problema, mas poderá haver pessoas aqui que não pensarão da mesma forma." 

Além de ser difícil arranjar um part-time quando já se tem trabalho, querem sempre pessoas com disponibilidade, lutar contra o preconceito que muitas pessoas ainda têm será dificil, mas não é por isso que vou desistir. Os meus sonho estão ali à espera e não pretendo que fiquem assim para sempre.

26
Fev18

Decisões, decisões...

Quando finalmente descobrimos, ou decidimos objetivamente qual é o nosso caminho, é uma sensação boa de esperança e de calor.

Considero-me uma pessoa muito sonhadora e ambiciosa. Considero que a minha ambição é demasiada para apenas uma vida. Quero ser tudo, uma vezes ao mesmo tempo, outras à vez, e vivo sempre com a sensação constante que esta vida não me chegará para atingir todos os objetivos. 

Além dos sonhos em termos pessoais: viagens, viagens, viagens, uma casa bonita, a família de sonho no tempo certo, e mais outras tantas coisas que, ao mesmo tempo que são complementares, se vão anulando umas às outras, normalmente por causa de um grande vilão chamado: carteira.

Depois, há também os sonhos profissionais. Em 2010, quando ingressei definitivamente no ensino superior, estava certa que gostava da área que escolhi, mas... Há tantas outras áreas que me interessam. Mesmo durante a licenciatura, e nos periodos que se seguiram, fui pesquisando outros cursos. Queria ter a possibilidade de mudar de área se assim me apetecesse, se a oportunidade surgisse ou se o desemprego a isso obrigasse. Mas também queria fazer mais e mais formação nesta área, especializar-me em dois temas específicos e tornar-me uma espécie de "referência" nesses temas. Fazia isso até há bem pouco tempo. Andava neste vai-vem de quer e não quer, de muda e não muda. Até que algo dentro de mim mudou e decidi: é isto que quero fazer. Na verdade, se a vida a isso obrigar (o desemprego é o bicho papão, sempre à espreita debaixo da cama), não terei problemas ou dificuldades em meter mãos à obra em qualquer outra coisa. No entanto, finalmente decidi o meu caminho e isso deixa-me segura, tranquila e feliz.

Sou licenciada em Educação Social, com alguma formação posterior e muitas leituras na área da Família e da Escola. Apesar de também gostar da área da educação ambiental e da intervençao comunitária (complicação, gosto de tudo), estas são mesmo as áreas que me apaixonam. 

Depois do estágio profissional já tive duas experiências profissionais completamente diferentes, nenhuma delas nas áreas específicas da Família ou da Escola, mas sei que é isto que me apaixona e que é isto que quero, mesmo, fazer.

Depois desta clarificação, completei finalmente o reingresso no mestrado que tinha deixado suspenso em 2015, em Intervenção Social Escolar, e em agosto vou finalmente concorrer às escolas. Infelizmente a oferta para Educadores Sociais neste contexto (ou qualquer um, na verdade) ainda é escassa, mas vou dar o meu melhor, tanto para conquistar o meu sonho, como para abrir caminho para quem, como eu, queira aproveitar o enorme potencial que o espaço escolar tem para intervir e melhorar a sociedade.

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