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O melhor do Mundo

08
Out18

Modas

Tenho andado ausente do blog, mas precisava de "desabafar" sobre este tema e achei que o aqui seria o local ideal. Espero que este regresso seja para durar, até porque tenho algumas coisas para partilhar, destes últimos meses.

Então, e qual é o meu problema com a moda? É simples. Porque é que anda toda a gente seminua na rua? Bem, toda a gente não é o termo certo. Refiro-me às jovens que estão a entrar e no auge da adolescência. Tenho 27 anos, não me considero velha, mas a juventude parece ter perdido um pouco a noção de respeito e amor próprio, parece que só se sentem bem a mostrar o corpo porque isso tem mais likes no Facebook e no Instagram e faz saltar mais piropos no dia-a-dia. 

Não sou das que defende que as mulheres que andam mais "despidas" se colocam em risco, não concordo que devemos andar de gola alta no verão, concordo que cada um tem direito a apresentar-se como quer, mas devia haver noção dos limites mínimos de decência. Vestir uns shorts ou um vestido transparente na praia ok, está dentro do contexto. Uma saia ou um vestido um pouco mais compridos nos dias de calor, tudo bem. Mas faz-me mesmo muita confusão ver miúdas de 14 anos a irem para a escola de "camisola" totalmente transparente. Com outfits em que a única parte do corpo que está tapada acima do cós das calças são os seios. Vão para a escola como se fossem para a praia. Mas, vistas bem as coisas, este verão quase que andaram mais tapadas na praia com todos os folhos e folhecos dos fatos de banho. Sim, porque este verão a moda eram fatos de banho.

Pergunto se os pais não vêm como as filhas vão para a escola. Será que elas levam a roupa escondida e trocam na escola? Os pais não vêm a roupa que compram para os filhos? Bem, quanto a esta parte, já assisti a pais a ofereceram às filhas de 14 anos aqueles Bralettes da Intimissimi para as filhas poderem andar na moda, portanto penso que já nada me surpreende.

E depois, claro, há as redes sociais. Miúdas de 14 anos, e daí em diante, em poses sensuais, a destacar deliberadamente o rabo e o decote, na praia, na piscina, com o bikini no quintal de casa, a mostrar corpos ainda em formação como se fossem supermodelos, super-bem-pagas para se esporem dessa forma. Só que as miúdas expoem-se de graça, em troca de likes. Os pais não controlam o conteúdo que os filhos expoem nas redes sociais?

Sei que parece discurso de velho do restelo, de mente do século passado, mas parece que se perdeu o respeito pelo corpo, pela intimidade. Assusta-me o futuro, quando estas jovens chegarem à idade adulta, chegarem ao mercado de trabalho, forem chamadas a votar, etc. Para que estes comportamentos sejam cada vez mais recorrentes, o que está a ser transmitido a estas jovens? Que valores?

13
Abr17

Chorei num espectáculo de comédia...

Não chorei, mas foi por pouco.

Fui ver o espetáculo do Rui Sinel de Cordes. O último, para já, por terras lusas.

O Rui Sinel de Cordes é aquele humorista que se ama ou se odeia. Tem um humor negro, repuxado, um humor que deixa as virgens ofendidas e os militares do politicamente correto de cabelos no ar. Eu gosto. Concordo que temos que nos rir de tudo, há situações que merecem o nosso respeito, mas não é por isso que não se pode brincar com elas, rir delas. Até pelo contrário, o humor ajuda a ultrapassar momentos dificeis. 

Logo no início, Rui Sinel de Cordes contou uma situação que se tinha passado com ele num espetáculo que fez algures no Algarve. Não sei se era verdade, não sei se era parcialmente verdade. Mas é uma daquelas chapadas de luva branca que nos mostra que o humor é mesmo para todos e para todas as situações.

O problema foi o final. O final do espetáculo é pesado. Não para toda a gente, mas para quem se identifica com a mensagem. Fala da passagem do tempo, fala dos nossos sonhos, dos nossos objetivos. Não chorei porque seria estúpido chorar, sem ser de rir, num espetáculo de comédia. 

Não chorei mas andei dias a pensar na vida. A tomar decisões. A mudar perspetivas. A mudar ideais.

Obrigada Sinel de Cordes, és o meu Guru.

Qual Gustavo Santos, qual quê!

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