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O melhor do Mundo

22
Jan18

Resoluções de vida nova

As resoluções de ano novo...

Não sou pessoa de ligar à passagem de ano e, por arrasto, às resoluções. Sempre me lembro de estar em alguma festa neste dia, mas sem grande entusiasmo. Tenho talvez o descernimento de perceber que não é por mudar o ano que as coisas mudam. Pode haver sempre  aquele efeito psicológico que o "Ano Novo vida nova" traz, mas não há uma ligação direta. Já fiz mudanças de vida no dia 1 de agosto, no dia 1 de fevereiro. Para mim tem tanto efeito a mudança de ano como de mês. Trata-se acima de tudo de motivação, consciencialização  e convicção, para o processo de mudança. de preferência uma mudança que seja para a vida toda, porque se é para mudar, é para melhor.

Acabo sempre por formular os 12 desejos à meia noite, mas acordo no dia 1 e metade já se varreu da memória. A metade que ficou são os clichês do costume: saúde, trabalho, algum dinheiro e melhorar o estado de saúde, que não sendo mau, há sempre alguma coisinha que podemos fazer. No meu caso é fazer exercício físico, não para perder peso porque não me parece que precise, mas para tonificar, definir as curvas e, principalmente, mandar a cabra da celulite dar uma curva... A celulite é mesmo o meu maior problema em termos físicos. Felizmente está toda concentrada no mesmo sítio, pelo que será mais fácil organizar as tropas para o combate.

Esta minha resolução de ano novo não tinhas efeitos imediatos ao bater das 12 badaladas. Deixei aquela semaninha da "ressaca" para enraizar os ideiais.

Recomecei a fazer exercício físico com regularidade em setembro (depois de estupidamente ter parado com as corridas) e em janeiro pedi aconselhamento aos treinadores e mudei as aulas, para que estejam mais adequadas aos meus objetivos. Atualmente faço uma aula de GAP e uma de STEP por semana. Em fevereiro tenciono regressar às corridas, alternadas com estas aulas, ou então alterar isto tudo completamente, mas essas decisões ficam para fevereiro.

Depois há a questão da alimentação. Não posso dizer que como mal, desde que aos 16 anos consultei uma nutricionista e que aprendi muito sobre alimentação e sobre a resposta do corpo ao que comemos que há hábitos que nunca perdi, por exemplo o consumo de água.

Mas há sempre algo que podemos mudar, melhorar.

Atualmente o facilitismo de chegar ao supermercado e ter tudo pronto, dentro de uma embalagem que até é bonita, ajuda muito. Mas há cada vez mais alertas. Cada vez mais chamadas de atenção para lermos os rótulos. Já leram? É asustador.

Há muitas dietas da moda, ou estilo de vida alternativos que começam a ser cada vez mais comuns. Eu não sei se conseguiria seguir rigorosamente qualquer um desses estilos de vida. Paleo, Vegan, Vegetariano, e tudo o que já devem ter ouvido falar. Desde setembro do ano passado que tenho feito cada vez mais e mais pesquisa. Desde janeiro deste ano que tenho feito algumas experiências. O ideal para mim talvez seja encontrar um ponto de equilibro entre o Vegatariano e o Paleo.

Em janeiro fiz umas compras diferentes do habitual e faleci um bocadinho quando o jovem da caixa me disse o total. 

Tinha planeado no fim-de-semana passado fazer pão paleo, para experimentar, uma vez que AMO pão mas sabemos que a maioria do que se vende tem muita coisa má. Tinha uma festa de anos no domingo, que iria ser o meu "dia da asneira". Este fim-de-semana tinha planeado fazer o jejum intermitente.

Acontece que apanhei uma virose qualquer (cheguei a pensar que vinha aí o baby L.) e fiz jejum no fim-de-semana passado (sem ser intermitente). Nada de dia da asneira. Andei a semana toda meio abananada do estômago e alguns dos alimentos que tinha comprado para experimentar acabaram por se estragar. 

Este fim-de-semana lá experimentei o jejum intermitente e devo dizer que correu melhor do que esperava. Não senti fome nenhuma, nem dores de cabeça nem fraquezas. 

Até agora não houve deslizes. Esta resolução é para manter, para sempre. 

04
Dez17

Um fim-de-semana de trabalho também pode ser bom?

Pode pois.

Houve, há umas semanas, um fim-de-semana corrido, com diversos trabalhos em mãos, mas que soube a mel e a chá de limão quentinho. Quero dizer que, apesar de cansativo foi um fim-de-semana tão bom que podia repetir-se sempre. 

O sábado começou cedo. Levantei-me e, de roupa velha no corpo preparei-me para sair. Beijinho no L., que devia estar para lá dos sonhos depois de ter trabalhado até de madrugada. Beijinho na M que, voluntaria ocasional estava cansada e optei por deixar ficar no quentinho da cama, desta vez. Passei a manhã no abrigo da APA, entre cocós e lambidelas, mas é um "trabalho" sempre recompensado. São muitas as vezes que não apetece ir, não minto, mas saio de lá sempre revitalizada e infinitamente mais rica, emocionalmente. Depois do almoço e já na companhia dos meus companheiros de festa, fomos para a casa de campo. Mentira, isso queria eu. Mas fomos até à aldeia, onde apanhámos laranjas e tangerinas das árvores sempre na companhia de uma ovelha de lã cinzenta da poeira, mas ainda assim a convidar a um aconchegante abraço.  Seguiu-se a lenha. Cortar, pôr no carro, acartar para o sotão (é daquela lenha de qualidade que aquece 3 ou 4 vezes, isto sim é economizar). Deixar o robot a fazer o jantar e o bolinho e tratar do banhos. E da lareira. A primeira vez que acendemos a lareira na nossa casa.  Uma felicidade tão simples que ainda hoje me deixa de sorriso no rosto. O serão foi passado entre abraços e chá, bolo e Harry Potter. Pode lá haver melhor serão!

Desde que passados com quem amamos, e sem o tic tac do relógio a martelar constantemente na cabeca, até um fim-de-semana de trabalho nos consegue fazer sentir donos do mundo. Havemos de "comprar" mais fins-de-semana destes, comprar com tempo. Tempo para nós, para cada um de nós e para os outros. Tempo para respirar e para contemplar. Tempo para abraçar. Experimentem abraçar com tempo e vão ver como fica tudo mais claro. Tempo é dinheiro e se, hoje em dia, o nosso sucesso se mede pelo nosso dinheiro, deixemos que seja também medido pelo tempo que passamos a fazer o que realmente nos torna felizes. Não com o que nos deixa felizes porque essa felicidade é passageira, mas com o que nos transforma em pessoas felizes. 

Amem com tempo e vivam sem pressa. Talvez uma resolução de ano novo?

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