Feeeeerias 1ª volta! #2
Saímos de Lisboa numa sexta-feira, em direção a Bruxelas.
Já há algum tempo que não andava de avião e, apesar de ser uma coisa que sempre gostei de fazer, devido a todos os acontecimentos recentes, estava com medo, de ter medo. Mas correu tudo bem e a TAP lá acalmou qualquer restício de nervos com o lanchinho servido: sandes de ovo e fiambre, compal essencial e café.
Deixámos um Portugal solarengo e já com temperaturas de verão e chagamos a Bruxelas com 11º. Friiinho! O que vale é que fomos prevenidos.
Devido a todos os acontecimentos recentes, a primeira imagem da cidade não foi simpática, pois havia militares fortemente armados e policia em todo o lado.
Quando viajo, tento imaginar-me a viver no destino. Bruxelas ficou bastante destacada no último lugar. Não que seja uma cidade feia ou desinteressante, que não é, mas vi coisas que não esperava ver. Como Capital da União Europeia esperava uma cidade limpa, organizada, luminosa e acima de tudo que proporcionasse condições de vida minimamente dignas a todos os seus habitantes. Havia dezenas de pessoas a pedir nas ruas, a viver nas ruas. Sabemos que há quem não queira ser ajudado e que a ajuda não chega para todos, mas era um número demasiado grande de pessoas a vivar na miséria. Sendo eu trabalhadora da área social, fiquei triste e desiludida. Foi também uma cidade onde não me consegui sentir segura, apesar do forte policiamente/patrulhamento das ruas. O olhar constante para as costas, as viagens de metro com a mochila do L. (onde estavam os valores) enfiada na minha barriga.
Mas como nem tudo é mau, vamos à partilha dos bons momentos.
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No primeiro dia deambulámos um pouco pelas ruas da cidade e passámos no Manneken Pis, a famosa estátua do menino a fazer xixi.
Como íamos sem destino, passámos por várias ruas até que fomos ter à Grand Place, uma praça, rodeada por bonitos edíficios, sendo a maioria adornada com tons dourados. Aqui localizam-se edifícios como a Câmara Municipal e a Casa do Rei. Magotes de pessoas circulavam pela praça, desde turistas, pintores, e outros artistas a tentar a sorte do dia. Esta zona era bastante animada e fazia esquecer um pouco o que tínhamos visto à chegada.
E o primeiro dia foi praticamente isto. Ainda fizémos alguns quilometro a pé, mas o cansaço da viagem ditou uma ida precoce para o hotel e deitámo-nos ainda o sol ia alto. Eu sei, fraquinhos!