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O melhor do Mundo

17
Mai19

As furnas

Os Açores cheiram a puns. Estou a brincar, o cheiro nos Açores é puro, o que realça ainda mais o cheiro das furnas. Acreditem em mim, não é agradável. 

Este era o dia para comer o cozido das Furnas. Tinhamos planeado ir bem cedo para ver a colocação das panelas debaixo do solo, mas infelizmente não chegámos a tempo. Quando chegámos junto da Lagoa das Furnas imperava o silêncio e não se via ninguém.

Ainda era bastante cedo e estava frio, apesar de nesta zona o chão ser quente, pelo que decidimos dar uma volta a pé junto à lagoa. Há imensas fumarolas e por vezes a brisa lá trazia o cheiro característico da zona.

Fizemos a reserva no restaurante e à hora marcada lá estavamos. Cozido à portuguesa é um dos meus pratos preferidos, mas não fiquei fã do cozido das Furnas. Em determinados alimentos, o sabor é muito intenso, o que não quer dizer que seja mau, e considero o cozido que costumo comer mais rico e variado. Apesar disso, não é um prato péssimo e sem dúvida que todos os que visitam São Miguel devem experimentar.

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Nas zonas mais próximas das fumarolas, tanto perto da Lagoa como em Furnas, o cheiro era bastante intenso ao ponto de a M. andar nauseada e só pedir para ir embora. Apesar de achar interessante a água borbulhante a sair do solo, e a paisagem que também aqui é linda, o cheiro estava mesmo a incomodá-la.

Compensámos com uma tarde no Parque Terra Nostra e lá lhe passou o enjoo, que ela só queria era banhos quentes.

Começámos pela famosa piscina de água amarela e, naturalmente, quentíssima. Tão quente que por vezes tinha que me apoiar nos muros para ter parte do corpo fora de água para arrefecer, que já me sentia a cozer por dentro. Mas sair de água? Nem pensar, estava mesmo a adorar aqueles banhos. 

Entretanto fui abandonada pelo L. e pela M., que apareceram pouco depois a chamar-me para ir para outras piscinas que tinham encontrado. Estas já não eram amarelas, eram mais semelhantes à Poça da Dona Beija (falei aqui), mas igualmente quentes. O cenário em torno destas piscinas era paradisíaco.

Mas o Parque Terra Nostra não é só banhos, dá para passear pelo enorme jardim, de natureza exuberante.

Terminámos o dia com a visita à Lagoa do Fogo. O tempo estava a ficar mais farrusco, mas ainda assim tivemos sorte e conseguimos ver a lagoa, que mesmo com o céu escuro e carregado, tinha apresentava um azul incrível, pouco visível nestas fotos.

O tempo nos Açores é muito instável e podem apanhar chuva torrencial seguida de abertas que permitem ver as belíssimas paisagens de São Miguel.

16
Mai19

Produzido nos Açores

O segundo dia foi escolhido para conhecer os produtos produzidos no Açores e que são bastante famosos: ananás e chá.

Começámos pela Plantação de Ananases A. Arruda. É um espaço relativamente pequeno e que se visita em pouco tempo, mas nem por isso deixa de ser interessante. Nas diferentes estufas podemos ver as diversas fases da produção do Ananás dos Açores, que mantêm os métodos de cultivo tradicional, e que é único no mundo. 

Seguimos para a Plantação de Chá gorreana. Sabiam que é nos Açores que se encontra a única plantação de chá da Europa? 

Como visitámos a Gorreana num domingo, a fábrica não se encontrava em funcionamento, ainda assim pudémos ver as máquinas, os sacos com as folhas de chá já secas e, claro, visitar os campos. O cheiro é maravilhoso, tanto no interior do edífico como fora. Durante a visita há um espaço para degustação do chá e foi aqui que fiquei rendida ao chá verde Gorreana. Costumo beber chá verde com alguma frequência, mas admito que me custa horrores pois considero o sabor bastante desagradável. O chá gorreana bebe-se lindamente ao natural. Claro que trouxe um saquinho e tem sido ótimo continuar a saborear as férias, mesmo já tendo passado quase um ano. 

Com o objetivo para este dia cumprido, fizémo-nos à estrada sem destino. Caiu uma valente chuvada e julgamos o dia perdido, mas foi apenas um susto. Decidimos seguir as indicações para uma lagoa menos conhecida, a Lagoa do Congro e foi a grande surpresa desta viagem. Como é menos conhecida, comparativamente com as Sete Cidades ou mesmo a Lagoa do Fogo, nunca tinha ouvido falar dela, nem tinha visto fotos. É uma lagoa que fica escondida pela vegetação, com um acesso muito pouco intervencionado, e espero que continue assim, pois essa é parte da sua beleza. Vejam vocês mesmos.

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O caminho até à Lagoa do Congro foi sempre acompanhado pelo cantar animado de dezenas de pássaros, parecia cenário de filme. 

Por fim, e para terminar o dia, acabamos por aceder aos pedidos recorrentes da M. para irmos aos banhos quentes. 

Fomos até à Poça da Dona Beija. O cenário envolvente é deslumbrante e estávamos todos ansiosos por experimentar água quente ao natural, algo que não apanhamos pelo continente. Sabíamos que a água era quente, mas não estávamos à espera que fosse tanto, íamos saindo de lá cozidos. 

Dica: não levem fatos de banho novos nem de cores claras. A água é ferrosa e, apesar de ter imensos benefícios para a pele e corpo, pode manchar ou estragar os fatos de banho.

Experimentámos as diferentes piscinas, várias vezes, e podíamos ter lá ficado horas, não fosse a fome começar a apertar. 

Enquanto estávamos a banhos, começou a cair uma chuva ligiera que, na verdade, soube muito bem, para contrastar com as temperaturas elevadas da água das piscinas. Na verdade, a chuva tornou o momento ainda mais perfeito.

Até agora só dizemos maravilhas, mas a verdade é que adorámos mesmo esta ilha. apesar de me falaram do "síndrome da ilha" , mudava-me para lá sem olhar para trás.

15
Mai19

Apaixonámo-nos por São Miguel

Chegamos a São Miguel por volta da hora de almoço, pegámos no carro, aconchegámos o estômago, que a fome já apertava, e fizémo-nos à estrada. A primeira paragem era, naturalmente, a Lagoa das Sete Cidades, postal maior dos Açores e a primeira imagem que toda a gente se lembra, mesmo que nunca tenha lá estado, devido à "lagoa verde e à laga azul". 

Nas nossas pesquisas deparámo-nos com diversas referências às ruinas do Hotel Monte Palace como um dos melhores locais para observar a lagoa. Não precisamos de procurar porque o edífico ergueu-se imponente logo que fizemos uma curva. O hotel em si é um pouco assustador pois, além de estar em ruínas, tem muitos destroços espalhados e é muito importante ter cuidado para evitar acidentes, especial cuidado se levarem crianças. As escadas não têm corrimão, os poços de elevador estão abertos e há imensas coisas no chão que podem provocar acidentes portanto, mais uma vez, cuidado às crianças e a pessoas com vertigens - eu, prazer! Apesar destes pequenos alertas, não deixem de subir pois vão ter um momento "UAU" que dificilmente repetirão. Entramos num dos quartos e o postal surgiu-nos à frente, com o extra do som dos pássaros e da brisa a tornarem a paisagem viva.

Observamos e absorvemos, tiramos imensas fotos, à paisagem e a nós, e depois subimos até ao telhado e mais uma paisagem deslumbrante. Aqui, além da lagoa, têm vista até ao mar e não vão mesmo querer perder.

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De seguida rumámos às piscinas naturais de Mosteiros. Aproveitámos apenas para passear junto ao mar, uma vez que estávamos mais motivados para os banhos quentes dos dias seguintes. Voltámos a Mosteiros noutro dia para uma experiência incrível,  mas depois mostro. :)

Quando nos preparávamos para ir para o Hotel, passámos pelo Miradouro da Boca do Inferno e ficámos, mais uma vez, deslumbrados. A paisagem é magnífica e transmite uma paz única. No total estavam cerca de 10 pessoas no miradouro, entre as quais três crianças, mas sem combinar, toda a gente fez silêncio ao mesmo tempo e estivemos ali largos minutos, a contemplar a paisagem deslumbrante que tínhamos à frente. Não minto quando digo que me arrepiei ao relembrar aquele momento.

Foi um ótimo dia para abrir o apetite.Os clichês de São Miguel fizeram as honras da casa e não se podiam ter portado melhor.

13
Mai19

Finalmente as férias de verão de 2018

O ano passado disse-vos aqui que tinha descoberto o paraíso na Terra. Feliz ou infelizmente, ainda tenho muito mundo para conhecer, mas os Açores são bem capazes de ficar bem grudadinhos no topo das preferências. 

Fomos os três em julho, a São Miguel, e a beleza e paz da ilha deixaram saudade ainda o avião de regresso não tinha descolado.

Na altura aproveitámos uma promoção, que seria apenas para três dias, mas enquanto planeávamos a viagem, rápidamente percebemos que não seria suficiente, ou que iria saber a pouco. Por esse motivo, prolongámos logo a estadia e ficamos por 5 dias.

Não íamos com um itenerário fixo, nem costumamos viajar com check-list, apesar de fazermos sempre algum planeamento. Claro que queríamos ver todos os "postais" de São Miguel, mas também nos queríamos perder pela ilha. De tudo o que tínhamos visto, de todas as fotos que nos saltavam aos olhos nas redes sociais e blogs de viagens, nem um único lugar ficou aquem das espectativas. Das paisagens que se desvendavam perante os nossos olhos a cada curva, nada nos desiludiu. De tudo o que fizemos na ilha, só uma coisa nos deixou um bocadinho tristes. Não podemos dizer desiludidos porque na verdade a atividade foi bastante interessante, e deu frutos, mas não o mais esperado. Falaremos disso mais à frente. 

Nos próximos dias vou partilhar um resumo da nossa viagem aos Açores. Se estiverem a pensar visitar nos próximos tempos este lugar mágico, não percam.

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