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O melhor do Mundo

27
Jan18

Paixão e Amor

Sempre me lembro de ouvir falar de paixão e de amor.

De serem descritos como sentimentos tão diferentes como o sol e a chuva, mas que, tal como o sol e a chuva, cada um tinha o seu valor e a sua importância no crescimento. Como o sol e a chuva, cada um tinha a capacidade de nos aquecer no momento certo das nossas vida.

Lembro-me de ouvir dizer que a paixão qualquer um sentia, que era um sentimento fácil, de vislumbre e de deslumbre.  Um sentimento jovem e desprendido, intenso mas passageiro. A paixão é, no fundo, como o sol. É fácil sentir o coração ao pulos e a felicidade transbordar num dia de sol. É fácil lidar com um dia de sol, basta abrir as janelas e respirar fundo. Mas todos os dias de sol acabam, irremediavelmente, com a noite. A luz vai-se apagando, deixando apenas o escuro, o desconforto, a insegurança do fim de algo bom. O que virá depois?

Mas o amor... O amor não acaba com a noite. Tal como a chuva, que por vezes até cai com mais força quando o sol desaparece. Talvez por ser um sentimento mais maduro, um sentimento que dá trabalho mas também gozo, conforto e segurança. Quem sabe apreciar um dia de chuva, sabe ver para além das aparências, sabe aproveitar as coisas boas do que à partida seria mau. Num dia de chuva não se podem abrir janelas, nem sair para a rua sem um plano. Mas pode-se aproveitar o conforto e o romantismo, a melancolia e a tranquilidade. O amor é um sentimento capaz de ligar duas pessoas para a vida, é o barco que ajuda a atravessar tempestades, o berço que acolhe e aconchega, o teto que protege. 

Apenas recentemente consegui descobrir que estas diferenças são reais. Que estes sentimentos não são, de todo, sinónimos. Talvez por nunca ter pensado muito nisso, talvez por pensar que era apenas conversa de gente que se acha cheia de vida e de ensinamentos.

Consigo identificar o momento concreto em que a flor do amor cresceu o suficiente para absorver a paixão e fazer dela o seu alimento. Consigo identificar o momento preciso em que percebi que entre mim e o L. deixou de ser paixão e passou a ser, simplesmente, amor. Sim, simplesmente. Porquê pôr tanta cor, porquê garrir tanto algo que tem tanta mais beleza na simplicidade de simplesmente ser e sentir.

Hoje olho para ele, mesmo nos momentos mais dificeis, e consigo perceber que são esses momentos que nos dão força e que nos aproximam mais. Consigo perceber que, por nos termos mantido juntos nos momentos menos bons, e nor termos ajudado mutuamente, por termos visto tanto um do outro, estamos irremediavelmente unidos, por amor. Consigo perceber que é nele que está o meu "abraço-casa", olho para o futuro e não consigo, mesmo nos momentos mais dificeis, imaginá-lo sem ele.

É talvez este entendimento que não é tudo perfeito, que nem sempre são dias de sol e de sentimentos despreocupados, esta capacidade de apreciar os dias de chuva, que levam do amor à paixão. É conseguir fazer esta viagem que transforma um namoro numa relação de amor. Que permitem que as semanas se transformem em meses e os meses em anos. 

Como diz o Ruy de Carvalho, "Não é fácil viver em casamento. Inicialmente a parte dominante é a sexual, mas há gente que não pensa que 23 horas e meia são para viver a vida, com maus cheiros, doenças, com ir à casa de banho, com mau hálito, com o ressonar... Há aquele momento muito bom, mas é preciso que os outros sejam muito melhores."

 Admito, já senti inveja de relações "perfeitas", com fotografias bonitas, vidas aparentemente felizes, paixões com muita cor. Mas quando a chuva veio, levou com ela as cores e sem elas a paixão não teve força para virar amor. Estas relações desapareceram mas nós continuamos aqui, porque conseguimos encarar todos os momentos maus e mesmo aqueles momentos naturais e pouco glamorosos como a Vida, a vida que queremos viver juntos, apesar de tudo.

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22
Jan18

Resoluções de vida nova

As resoluções de ano novo...

Não sou pessoa de ligar à passagem de ano e, por arrasto, às resoluções. Sempre me lembro de estar em alguma festa neste dia, mas sem grande entusiasmo. Tenho talvez o descernimento de perceber que não é por mudar o ano que as coisas mudam. Pode haver sempre  aquele efeito psicológico que o "Ano Novo vida nova" traz, mas não há uma ligação direta. Já fiz mudanças de vida no dia 1 de agosto, no dia 1 de fevereiro. Para mim tem tanto efeito a mudança de ano como de mês. Trata-se acima de tudo de motivação, consciencialização  e convicção, para o processo de mudança. de preferência uma mudança que seja para a vida toda, porque se é para mudar, é para melhor.

Acabo sempre por formular os 12 desejos à meia noite, mas acordo no dia 1 e metade já se varreu da memória. A metade que ficou são os clichês do costume: saúde, trabalho, algum dinheiro e melhorar o estado de saúde, que não sendo mau, há sempre alguma coisinha que podemos fazer. No meu caso é fazer exercício físico, não para perder peso porque não me parece que precise, mas para tonificar, definir as curvas e, principalmente, mandar a cabra da celulite dar uma curva... A celulite é mesmo o meu maior problema em termos físicos. Felizmente está toda concentrada no mesmo sítio, pelo que será mais fácil organizar as tropas para o combate.

Esta minha resolução de ano novo não tinhas efeitos imediatos ao bater das 12 badaladas. Deixei aquela semaninha da "ressaca" para enraizar os ideiais.

Recomecei a fazer exercício físico com regularidade em setembro (depois de estupidamente ter parado com as corridas) e em janeiro pedi aconselhamento aos treinadores e mudei as aulas, para que estejam mais adequadas aos meus objetivos. Atualmente faço uma aula de GAP e uma de STEP por semana. Em fevereiro tenciono regressar às corridas, alternadas com estas aulas, ou então alterar isto tudo completamente, mas essas decisões ficam para fevereiro.

Depois há a questão da alimentação. Não posso dizer que como mal, desde que aos 16 anos consultei uma nutricionista e que aprendi muito sobre alimentação e sobre a resposta do corpo ao que comemos que há hábitos que nunca perdi, por exemplo o consumo de água.

Mas há sempre algo que podemos mudar, melhorar.

Atualmente o facilitismo de chegar ao supermercado e ter tudo pronto, dentro de uma embalagem que até é bonita, ajuda muito. Mas há cada vez mais alertas. Cada vez mais chamadas de atenção para lermos os rótulos. Já leram? É asustador.

Há muitas dietas da moda, ou estilo de vida alternativos que começam a ser cada vez mais comuns. Eu não sei se conseguiria seguir rigorosamente qualquer um desses estilos de vida. Paleo, Vegan, Vegetariano, e tudo o que já devem ter ouvido falar. Desde setembro do ano passado que tenho feito cada vez mais e mais pesquisa. Desde janeiro deste ano que tenho feito algumas experiências. O ideal para mim talvez seja encontrar um ponto de equilibro entre o Vegatariano e o Paleo.

Em janeiro fiz umas compras diferentes do habitual e faleci um bocadinho quando o jovem da caixa me disse o total. 

Tinha planeado no fim-de-semana passado fazer pão paleo, para experimentar, uma vez que AMO pão mas sabemos que a maioria do que se vende tem muita coisa má. Tinha uma festa de anos no domingo, que iria ser o meu "dia da asneira". Este fim-de-semana tinha planeado fazer o jejum intermitente.

Acontece que apanhei uma virose qualquer (cheguei a pensar que vinha aí o baby L.) e fiz jejum no fim-de-semana passado (sem ser intermitente). Nada de dia da asneira. Andei a semana toda meio abananada do estômago e alguns dos alimentos que tinha comprado para experimentar acabaram por se estragar. 

Este fim-de-semana lá experimentei o jejum intermitente e devo dizer que correu melhor do que esperava. Não senti fome nenhuma, nem dores de cabeça nem fraquezas. 

Até agora não houve deslizes. Esta resolução é para manter, para sempre. 

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