Último destino: Amsterdão. Foi o último local que visitámos nestas férias, mas foi o primeiro a ser escolhido. O L. nunca tinha viajado para fora do país, não mostrava grande interesse, e o único local que falava era Amsterdão. Não podia perder esta oportunidade de lhe mostrar o maravilhoso mundo das viagens e de implantar nele este bichinho que nasceu comigo e que cresce a cada dia. Assim que chegámos, a luz nos olhos e no sorriso dele compensaram todo o esforço que foi organizar (e pagar) esta viagem. Amsterdão foi também o local mais descontraído. Decidimos simplesmente caminhar pela cidade, descobrir cada canto, sem colecionar pontos turisticos. E assim fizemos. No primeiro dia calcorreamos quase toda a cidade e descobrimos que para andar em Amsterdão não há necessidade de gastarem dinheiro em transportes públicos, a pé chega-se a qualquer lado num instante. Além de a cidade ser plana (o ponto mais alto é uma ponte que está 2 metros acima do nível do mar), as ligações entre ruas permitem não só cortar caminho, mas também uma orientação muito instintiva.
Os nossos dias em Amsterdão foram tão descontraídos que não tenho muito para vos contar. Almoçámos nos parques, misturados com os Holandeses que aproveitavam o sol da hora de almoço para das cor às peles e apanhar alguma vitamina D. Passeámos a pé, muito. Apaixonámo-nos pela cidade. Quisémos ficar.
Acabámos por fazer algumas más escolhas nas atrações em que decidimos gastar dinheiro, por exemplo, passámos à porta do "Believe it or not!" onde a entrada e a funcionária nos cativaram bastante. No entanto o resto da exposição tinha menos interesse, ou era menos interativa, o que a tornou chata. Outra escolha menos bem conseguida, foi o Madame Tussauds. Publicitavam uma exposição com os super heróis da Marvel e o L. ficou entusiasmado. Apesar de os bonecos estarem todos incrivelmente bem feitos, incluindo os de celebridade, a dimensão e o número de estátuas é pequena e acaba por não compensar o valor do bilhete. Optámos por visitar coisas diferentes do normal, mas podiamos ter optado melhor.
Quando chegámos à zona dos museus, ouvimos um maravilhoso miniconcerto de violoncelo, dado por um jovem que, aos ouvidos de uma leiga, tem um talento enorme. Vimos o famoso letreiro "Iamsterdam" mas não tirámos fotos pois o mar de gente mal deixava ver as cores das letras.
Pontes e bicicletas. Muitas.
Fizémos um tour gratuito (é pago com gorjeta no final), que só pecou por não ter sido feito no primeiro dia.
O guia era extraordinário e ensinou-nos muitas curiosidades sobre a cidade, por exemplo: sabiam que todos os anos limpam os canais, sendo retiradas cerca de 15.000 bicicletas dos mesmos? Como vão lá para ninguém sabe bem. Bebedeiras, roubos, rituais de fim de curso, são algumas das suspeitas.
Outro aspeto interessante é: quem chega a Amsterdão e vê as casas inclinadas, para a frente e/ou para os lados, decide excluir qualquer engenheiro Holandês da construção da sua casa. No entanto, tudo tem uma razão de ser. Bem, quanto à inclinação lateral é obvia e não há nada a fazer, contruir casas em cima de terrenos pouco estáveis nunca foi grande ideia, que o diga a Torre de Pisa. Já a inclinação para a frente, digamos que a ideia de tão simples é genial. Como devem imaginar, ratos é o que não falta naquela cidade, pelo que as arrecadações eram no sótão. Mas acartar sacas pesadíssimas escadas acima não era grande petisco, pelo que utilizavam sistemas de roldanas. E, para as coisas não irem a bater nas paredes e darem cabo da fachada, inclinaram um bocadito a mesma e resolveram o problema.
Se puderem visitem. Vale mesmo a pena.
Nós vamos tentar voltar em breve.